dezembro 27, 2005

Figueira do Inferno

dezembro 16, 2005

Piloto automático


Aos poucos apercebi-me que sou duas, depois apercebi-me que dentro desta casca além das 2 existe o piloto automático que funciona quando as 2 falham. Fala, responde, movimenta a casca… Aparentemente tudo é normal mas inconsciente. Será que a triologia Matrix está assim tão longe da verdade?

dezembro 10, 2005

Seguir em frente


Começaste a gostar finalmente do silêncio e do vazio, justamente quando to negam. Não é altura agora, é preciso reagir, levantar os cornos e seguir em frente. Vá lá! Foi só mais uma farpa brilhante e cheia de lantejolas que o simpático e falso bandarilheiro te espetou no lombo. Ele não é o teu dono, não é ele que cuida de ti. Para ele és apenas mais uma peça do espectáculo que lhe dá direito a palmas sem se importar se te contorces de dor… portanto levanta os cornos e segue em frente!

Perceber o que não é para perceber


Nunca combati um monstro, nem um vampiro, nem um espírito maléfico ou qualquer outra espécie de criatura, mas não me parece que resulte com alhos, água benta e crucifixos… se calhar devia ter visto a Buffy mais vezes… ou se calhar devia simplesmente deixar de ser parva e tentar parar de perceber o que não é para perceber.


dezembro 09, 2005

Merecer a felicidade


Os balanços do comboio incomodam-me e não consigo focar as letras. Já desisti de ler. Tenho desistido de muitas coisas ultimamente… a maior foi de ser feliz. A felicidade tem de se merecer e eu sem dúvida não a mereci…


Torre de Babel



A Torre de Babel continua a crescer composta por corpos empilhados em vez de tijolos e lágrimas em vez de cimento. Finalmente chegou perto do céu, perto de um deus que nem sequer existe, quando um raio de maldade vindo de direcção incerta atingiu o homem que estava no topo prestes a conseguir: TU!

Um dia de cada vez...


Sem rumo continua a caminhar o tempo que tento ocupar com coisas banais ditas úteis. Um dia de cada vez… um dia mais desinteressante do que o outro… cada um mais velho e mais cinzento que o anterior… o meu rosto é alegre, sorridente, dizem que sou simpática…mas a minha alma é vazia, vazia de sentimentos bons ou maus. Tudo o que sei é que estou aqui, viva, e não sei porquê… e aquele escurinho era tão bom…


dezembro 05, 2005

Espera sem fé


Deambulo por aí como corpo de alma nua, de apenas casca… fazes-me falta… fazes-me tanta falta… As manhãs chuvosas e tardes solarengas são-me indiferentes… O prédio da frente deixou de ser amarelo torrado para ser de novo amarelo pálido… fujo do cheiro de castanhas assadas e da chuva que me bate na cara. Tudo é vazio e sem sal… É tudo um tic-tac para coisa nenhuma. Afinal mais dia menos dia, mês ou ano não fazem a mínima diferença… é simplesmente uma questão de contabilizar o tempo e grau de prolongamento desta inércia até ao dia em que finalmente tudo ficará escuro de novo e me esquecerei de nós.