dezembro 05, 2005

Espera sem fé


Deambulo por aí como corpo de alma nua, de apenas casca… fazes-me falta… fazes-me tanta falta… As manhãs chuvosas e tardes solarengas são-me indiferentes… O prédio da frente deixou de ser amarelo torrado para ser de novo amarelo pálido… fujo do cheiro de castanhas assadas e da chuva que me bate na cara. Tudo é vazio e sem sal… É tudo um tic-tac para coisa nenhuma. Afinal mais dia menos dia, mês ou ano não fazem a mínima diferença… é simplesmente uma questão de contabilizar o tempo e grau de prolongamento desta inércia até ao dia em que finalmente tudo ficará escuro de novo e me esquecerei de nós.

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