fevereiro 25, 2006

A namorada do primo


Dispôs-se levar a jantar fora a nova namorada do primo. Coitada, nem sabia no que se estava a meter… devia ser a quarta, uma vez que o primo todas as noites no seu aniversário visitava pelo menos 3 casas. Ele também já tinha tido algumas amantes. Uma vez conseguira até conciliar cinco sem descobrirem umas das outras. Isso fazia-o sentir-se mais homem, os amigos tinham-lhe mais respeito porque afinal assim ninguém duvidava da masculinidade do grande Zé das Batatas. De momento não tinha amantes, apesar de a sua mulher, a ciumenta Gabriela pensar que sim. Hoje ia apenas levar a miúda a jantar e tentar explicar-lhe no que se estava a meter. No fundo amava-a mas ainda não sabia. Chegados ao Restaurante havia um recado de Gabriela… uma ameaça. Estava farto dela, do controle dela, do cheiro dela, da imagem, da forma de andar… tudo nela o entediava; sabia que a iria deixar mais tarde ou mais cedo, só ainda não tinha surgido a oportunidade…

Deu a mão à miúda que lhe pareceu pouco a vontade. Ela afinal sabia que o primo era um sacana! Como é possível? Ele tinha-a julgado mais inteligente… sabia-o na cama com outras e mesmo assim suspirava por ele… Não sabia se estava mais desapontado por ela aceitar isso ou por o seu esquema para os afastar não ter resultado. Perdera a fome. Saíram do restaurante pouco depois das entradas. Atravessaram a pequena ponte sobre o rio sem um pingo de romantismo e ele voltou para a sua Gabriela. Ainda não era a oportunidade certa para a deixar…

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